A hora extra é um período suplementar laborado além da jornada diária normal e estabelecido pela legislação ou contrato de trabalho. Seu valor corresponde, no caso dos instrutores dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), ao valor normal da hora trabalhada, acrescido de pelo menos 50%.
Ou seja, para os instrutores, significa mais dinheiro no bolso, porque está ficando além de sua rotina normal de trabalho, dando mais aulas aos alunos.
Mas para o dono do CFC, nem sempre isso quer dizer lucro: pode ser que esteja havendo mais saída de recursos, sobretudo se não houver controle das aulas extras marcadas.
Como evitar problemas com horas extras dos funcionários? Quer algumas dicas? Então confira nosso post.
1. Não deixe os instrutores sem fazer nada no horário de expediente
Se o empregador ou dono do CFC não distribui os serviços a serem feitos pelos instrutores dentro do expediente normal de trabalho, ou seja, no período para o qual os funcionários foram contratados para ensinar e treinar os alunos da autoescola, que geralmente é das 8 até as 17 horas, ou das 9 até as 18 horas (com uma hora de intervalo), não poderá exigir os afazeres após o expediente.
Caso os serviços sejam dados após o expediente, estará configurada a hora extra devida ao instrutor. Portanto, o melhor a se fazer, é criar uma gestão eficaz das aulas ao longo do expediente, controlando o que cada instrutor vai fazer, em que horário e com quais alunos.
2. Controle de perto o cartão de ponto
A Justiça Trabalhista, em geral, opera no resguardo do trabalhador. Portanto, se no cartão de ponto ou outras marcações que a empresa utilizar para o controle das horas trabalhadas pelos instrutores contiver várias horas extras que não foram efetivamente trabalhadas, será muito complicado que a empresa não as pague, quando for cobrada judicialmente. Portanto, faça um monitoramento diário ou semanal desses lançamentos.
3. Tenha funcionários suficientes
Não crie uma condição de trabalho insustentável e por vezes muito estressante e extenuante para seus instrutores, passando-lhes muitas aulas marcadas fora do expediente.
Mesmo que você pague as horas extras respectivas de forma correta, comprovando-as nos contracheques dos funcionários, se a demanda de alunos for crescente, é melhor contratar mais um ou dois instrutores. E você poderá fazer isso por temporada ou em período experimental, de acordo com as estipulações em contrato.
4. Observe atentamente se os instrutores cumprem as aulas em horário normal
Ainda que você faça tudo corretamente em seu CFC, nem todos os instrutores podem jogar limpo com o empregador. Não é incomum que alguns instrutores tentem agendar alunos em horários considerados extrajornada, ou melhor, fora de seu expediente normal, mesmo que tenham ficado sem laborar muitas aulas no seu horário contratual de trabalho.
Dessa forma, esse instrutor tenta “empurrar” o horário para fora do expediente e, com isso, forçar uma hora extra, a ser paga pelo dono do CFC. Por isso, o gerente ou empregador deve implementar um controle rígido do que é feito no horário normal de expediente, sem abrir a marcação de aulas extras fora do horário laboral padrão, a não ser que a medida seja por ele supervisionada e aceita.
5. Invista em um software de gestão
Todos esses problemas vistos acima poderão ser monitorados com perfeição e rigor se você, gerente ou dono de CFC, adotar um software para a gestão de seu estabelecimento.
Além de potencializar sua fiscalização sobre os instrutores, você deixará seu negócio funcionando de forma mais ágil e segura. Afinal, todas as aulas e os horários serão indicados no sistema de gestão, além de haver a possibilidade de contatar os alunos quando for necessário, por conta do eficiente banco de dados armazenado.
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